Aprovada em 2025, nova legislação rompe com o vínculo histórico entre a Itália e seus descendentes — justo quando o país enfrenta uma queda populacional sem precedentes.
A Crise Demográfica que Ameaça o Futuro da Itália
A Itália registrou, em 2024, apenas 370 mil nascimentos, o menor número da sua história. A taxa de fecundidade caiu para 1,18 filho por mulher, bem abaixo do necessário para renovar as gerações.
No mesmo ano, o país contabilizou 651 mil óbitos e um saldo populacional negativo de -281 mil habitantes. Somado a isso, mais de 156 mil cidadãos italianos emigraram, um aumento de 36,5% em relação a 2023.
Segundo o Instituto Nacional de Estatísticas (Istat), a Itália pode perder mais de 11 milhões de habitantes até 2070, o que representaria uma redução de 20% de sua população.
Uma Resposta Contraditória: Fechando as Portas para a Diáspora
Mesmo diante desse cenário alarmante, o governo italiano aprovou em 20 de maio de 2025 o Decreto-Lei nº 36/2025, que restringe severamente o direito à cidadania por descendência (jus sanguinis).
Embora ainda aguarde publicação oficial, a nova lei já é vista como um marco excludente para milhões de ítalo-descendentes — especialmente da América Latina.
O que muda na prática?
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Processos concluídos ou protocolados até 27/03/2025 continuam válidos.
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Quem estava apenas na fila do consulado, sem agendamento ou protocolo, perde o direito de requerer a cidadania — mesmo após anos de espera.
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Novo limite de geração: só filhos e netos de italianos que possuíam exclusivamente a cidadania italiana no momento da morte terão direito automático.
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Filhos menores nascidos até 27/03/2025 ainda podem ser registrados até 31/05/2026. Após essa data, só terão direito se:
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Forem declarados em até 1 ano, ou
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Morarem legalmente 2 anos na Itália.
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Ex-cidadãos que perderam a cidadania por imposições históricas poderão reavê-la.
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Um visto especial de trabalho será criado para descendentes em países com histórico de emigração, como o Brasil.
A Lei é Constitucional? Especialistas Alertam para Retrocessos
Entidades jurídicas e associações de ítalo-descendentes já manifestaram preocupação:
A nova lei rompe com o vínculo histórico entre a Itália e sua diáspora.
Ela impõe regras retroativas, limita gerações de forma inédita e compromete direitos consolidados ao longo de décadas.
Contudo, há precedentes de correções históricas:
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O fim da exclusão por via materna
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A anulação da “grande naturalização” automática no Brasil
A Justiça italiana, portanto, já reverteu distorções no passado — e pode fazê-lo novamente.
Uma Mensagem de Resistência: Não Desista do que é Seu
Apesar dos obstáculos, os ítalo-descendentes não estão sozinhos. Há profissionais, associações e movimentos jurídicos mobilizados para defender os direitos de quem foi injustamente excluído.
“A nova lei impõe barreiras, mas não apaga o direito. Se você tem origem italiana, não desista do que é seu por justiça e sangue.”
Oportunidade Desperdiçada: A Itália Está Fechando as Portas Para Si Mesma?
Em vez de aproveitar a força da sua diáspora — que poderia revitalizar cidades esvaziadas, equilibrar a pirâmide etária e impulsionar a economia — a Itália escolhe dificultar a conexão com seus próprios descendentes.
Hoje, 9,2% da população residente é estrangeira, e o país bateu recorde em concessões de cidadania para residentes estrangeiros (217 mil em 2024). Ao mesmo tempo, o número de cidadãos italianos caiu 3,8% em apenas um ano.
Conclusão: Que Futuro a Itália Está Escolhendo?
A cidadania italiana não é apenas um papel: ela representa pertencimento, identidade e o laço de uma nação com seus filhos ao redor do mundo.
Em tempos de crise populacional e redefinição do papel da Itália no cenário global, fechar-se para seus próprios descendentes é um contrassenso histórico.
É hora de refletir — e agir.
Quer saber se ainda tem direito à cidadania italiana ou o que pode fazer após essa nova lei?
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